segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Projecto Casa da Juventude

Casa da Acção da Juventude
(CAJ)

1. Introdução
2. Objectivos
3. Estrutura
4. Valências
5. Orçamentação




1. Não pondo em causa as medidas aplicadas pela autarquia, regista-se que o concelho de VRSA apresenta, ainda, níveis abaixo da média nacional no que concerne ao abandono e insucesso escolares.
Regista-se, de igual modo, e patenteado nos jornais nacionais, que os resultados do 12º são dos piores do Algarve e, por consequência, também estão elencados na análise negativa distrito a distrito. Acresce ainda dizer que a Escola Básica 2,3 de Monte Gordo é a pior no ranking distrital no que diz respeito aos exames do 9º ano. Ora, concordemos, são muitos indicadores preocupantes e que merecem medidas, novas medidas, rápidas e incisivas.
Não pensamos que as iniciativas de carácter lúdico são negativas, antes pelo contrário, contribuem para a aquisição de novos conhecimentos e suportam uma base cultural. Porém, parece-nos evidente que é preciso ir mais fundo, entrar no cerne da questão, pois poderemos estar perante um fenómeno que prejudicará a coesão sociocultural pretendida para o concelho. É preciso ajudar os alunos que têm menos oportunidades na utilização das ferramentas de comunicação e no apoio pedagógico e psicológico directo.
Ao mesmo tempo, vivemos num concelho marcado pelo desemprego, e/ou emprego precário. Os jovens, também aqui, são aqueles que mais sofrem.
Salienta-se, finalmente, que a procura de habitação, sem qualquer tipo de apoio específico, tornou-se numa batalha juvenil difícil de vencer, especialmente num concelho onde tantos, de todas as idades, dependem de habitação social.
Serve este intróito para reiterar que o projecto que aqui se sustenta é sério, honesto, baseado em factos constatáveis e que procura ser uma colaboração para enfrentar os problemas apresentados.
É um desafio que procura alcançar justiça social, coesão e igualdade de oportunidades, por uso isso, aceitem-no.

2. A criação de uma estrutura física, nova ou remodelada, que sirva para apoiar os jovens, nos problemas sobreditos correlaciona-se com os objectivos que achamos serem fundamentais na época em que vivemos e no concelho que queremos. Assim, eis a lista dos objectivos que nos propomos alcançar:
i: apoiar os alunos das escolas do concelho nas disciplinas onde se apresentam resultados fracos;
ii: proporcionar a utilização de ferramentas fundamentais no desenvolvimento de estudos e trabalhos, tais como: CD’S, DVD’S, Pen drive, Internet, Impressora, Folhas, Livros Específicos (manuais e cadernos de exercícios), Projector, Material de Educação Visual, Musical, …
iii: criar um serviço de apoio psicológico para a resolução de problemas pessoais, de aquisição da linguagem ou de qualquer outro tipo.
iv: constituir um serviço de apoio ao emprego unicamente ao serviço de jovens, com destaque para aqueles que procuram o primeiro emprego; muitos deles devem também ser informados dos seus deveres e direitos, apoio cívico digno de uma sociedade justa.
v: constituir um serviço de apoio aos jovens que procuram habitação, nomeadamente uma primeira habitação, especialmente aqueles que têm já família constituída e pequenos filhos.
vi: apoiar a constituição de espaços lúdicos, os quais sirvam para a confraternização de jovens.
vii. constituir pequenos ateliês para exposições, visualização de filmes, peças de teatro, concertos musicais intimistas, proporcionando também formação em áreas solicitadas dentro do contexto paradigmático artístico e cultural.
viii: apoiar iniciativas desportivas de pequena dimensão espacial, promovendo desportos, por vezes, esquecidos (damas, bilhar, xadrez, …).


3. A “CAJ”, como se percebe, deverá ser um espaço físico abrangente, com várias divisões e vários serviços de apoio social. Não deve ser necessariamente um espaço grande, antes pelo contrário; deve ser diversificado, respondendo à obrigação sociocultural e pedagógica pretendida. Existem em VRSA edílicos recuperados que poderia, perfeitamente, albergar a “CAJ”. São edifícios recuperáveis. Há também espaços que se poderiam reconverter. Há, ainda, construções novas que poderiam ser a casa que queremos para os nossos jovens. Num espaço aproximado de 80 metros quadrados é exequível ter:

a) Sala equipada com tecnologia de informação e com os seus elementos amovíveis necessários;
b) Sala para apoio pedagógico e científico;
c) Gabinete para apoio psicológico;
d) Gabinete para apoio à procura de emprego e habitação;
e) Pequeno ateliê para formação e performance intimista;
f) Espaço para actividades lúdicas e desportos de sala;
g) Zona de recepção;
h) Zona de Gestão;
i) Instalações de apoio;
j) Espaço de arquivo.

4. As valências inerentes ao projecto, de forma acompanhante do texto, foram sendo elencadas nos pontos anteriores.

No entanto, convém, uma vez mais, salientar a diversidade e abrangência dos serviços propostos, os quais optimizam sobremaneira um espaço global capaz de responder cabalmente àquilo que são as necessidades dos jovens das freguesias de VRSA.

Com o delineado anteriormente, permite-se a CAJ assegurar, através de uma direcção composta por diferentes elementos, o elementar das seguintes ofertas:

4.1 Apoio Pedagógico, Científico e Cultural


4.2 Espaço Lúdico, Artístico e Desportivo


4.3 Apoio Psicológico Permanente


4.4 Serviço de Ajuda na Procura de Emprego e Habitação


4.5 Direcção Heterogénea (composta por um elemento de cada partido concorrente às eleições autárquicas – PSD, PS, CDU/PCP, BE, CDS/PP)


5. O espaço referido neste projecto, para uma funcionalidade que responda ao solicitado, necessita, evidentemente, de uma orçamentação, para já generalista, para recursos humanos e de manutenção de serviços.
Recursos Humanos e serviços (necessidades primárias)
• Direcção não gratificada
• Dois professores a tempo parcial para orientarem as áreas de Matemática/Ciências Exactas e Línguas/Ciências Sociais (com as actualizações remuneratórias e descontos rondaria os mil euros mensais)
• Um psicólogo a tempo parcial e um funcionário de apoio a tempo inteiro (com as actualizações remuneratórias e descontos rondaria os mil e quinhentos euros mensais)
• Serviços (Água, Electricidade, Gás, Internet, Telefone, TV Cabo, Tinteiros e Folhas, Cadernos, Livros, Canetas, Outro Tipo de Material – na ordem dos mil euros)

Totalidade: um total provisório, numa versão não orçamentada na totalidade, feita num processo analítico aos preços correntes no mercado, pois o projecto ainda não está aprovado, estaríamos perante um total a rondar os quarenta a quarenta e cinco mil euros anuais

Receitas:
- Câmara Municipal de VRSA (numa primeira fase)
- fundos europeus, projectos e Fundação Gulbenkian
- possível aluguer de bar de apoio ou outras estruturas (realização de eventos, palestras, conferências,…)