quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Bloco em Força

Os dois comícios e a arruada que tiveram lugar no nosso concelho, Vila Real de Santo António (Manta Rota e Monte Gordo), decorreram de forma bastante positiva.
Obrigado a todos aqueles que ajudaram a dar Força ao Bloco!!!

Eis algumas fotos para recordar os momentos de luta política, o Bloco em força









terça-feira, 18 de agosto de 2009

compromissos autárquicos

TOMA NOTA DESTES 5 COMPROMISSOS:
SÃO PARA CUMPRIR!


Vota Bloco de Esquerda
Esquerda de Confiança
1. Combate ao Desemprego

Vamos combater o desemprego com a reabilitação urbana do concelho (casas, mas também jardins, largos, praças, edifícios públicos), a qual criará empregos directos imediatos em diversas áreas e empregos resultantes da dinâmica envolvente. Vamos estimular a criação de pequenas empresas e apoiar verdadeiramente as que já existem. Vamos implementar cursos de curta duração para os desempregados, com ênfase para os jovens e mulheres.




2. Educação, Cultura e Desporto para Todos

Defendemos uma educação pública de qualidade, com igualdade de oportunidades, verdadeiramente democrática e com intervenção municipal no que é necessário. Defendemos mais cursos técnicos, profissionais e artísticos. Defendemos uma linha cultural com qualidade e diversificada, aberta e participada, que transmita mensagens de conteúdo e não feita apenas de entretenimento. Defendemos apoio criterioso aos clubes concelhios, com incidência nas vertentes de formação. Defendemos apoios significativos ao associativismo.



3. Meios de Comunicação de Qualidade
Defendemos uma cidade que não esteja de costas voltada para o que a rodeia. É necessária uma nova estrada de entrada e saída na cidade. Através da intervenção municipal, vamos lutar incondicionalmente pela requalificação e electrificação da Linha Ferroviária até ao terminal de VRSA. A barra do Rio Guadiana deve, também, servir para entrar e sair em VRSA, com cais acostáveis de qualidade. Defendemos a reconciliação da cidade com a sua frente ribeirinha, respeitando o desenvolvimento sustentável e a sua história, que permita que se viva o rio sem o estrangular com operações especulativas e mega projectos. Vamos fazer de VRSA uma cidade tecnologicamente avançada, facilitando o acesso às redes globais de Comunicação e
Informação em vários pontos de todo o concelho. Defendemos transportes mais acessíveis para deficientes e idosos. Defendemos uma política de prioridade de estacionamento para moradores.





4. Dignidade na Saúde e nas Políticas Sociais
Defendemos a orientação do concelho para a promoção da educação para a saúde, gizada como lugar de construção de um projecto integrado de saúde pública, que inclua uma aposta forte na política de prevenção e redução de riscos. Defendemos uma habitação social condizente com o seu nome, com rendas justas e infra-estruturas de apoio, assumindo a Câmara a gestão dos condomínios. A água e a electricidade devem ser para todos, as tarifas da água devem ser revistas e é urgente apoiar as pequenas empresas e quem não tem possibilidade no pagamento da electricidade. Defendemos uma juventude com voz interventiva na sociedade, vamos criar imediatamente a Casa da Acção da Juventude, com apoio didáctico aos estudantes, mas também com apoio na procura do 1º emprego e 1ª habitação. Endividar a Câmara? Só se for em benefício da população! Vamos ajudar os jovens que tanto precisam de empregos e habitações.



5. Turismo Sustentável

A oferta turística tem que ser diversificada ao longo do ano para que os postos de trabalho se mantenham. Vamos avançar com a criação de um campismo com qualidade para os seus utentes. Vamos desenvolver o ecoturismo relacionado com a prática de desporto em contacto com a natureza. Vamos criar uma ecovia aquática que ligue vários municípios e promova a prática de desportos aquáticos. É necessária a criação de unidades hoteleiras de qualidade que sirvam de apoio às necessidades desportivas, cativando os atletas e criando postos de trabalho numa futura aldeia desportiva.




Um Bloco de Esquerda pelo Concelho:
A nossa Força!

António Tomaz Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, com Verticalidade e Transparência é urgente combater o desemprego, criar políticas sociais justas e promover a igualdade de oportunidades.
António Tomaz Rodrigues, 60 anos, reformado do sector bancário, foi delegado sindical e membro da comissão de trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos, foi fundador do Sindicato dos Trabalhadores Contribuições e Impostos. Agora, está na hora: Verticalidade e Transparência!




Um Bloco de Esquerda pelo Concelho:
A nossa Força!

Augusto Fonseca, candidato à Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António
Augusto Fonseca, 41 anos, é maquinista técnico, foi fundador da associação de pais da Escola D. José I, activista ambiental que fez parte do grupo de trabalho distrital “mobilidade e transportes”, participou também nos estudos sobre o Serviço Nacional de Saúde, faz parte da comissão de trabalhadores da CP, é membro da coordenadora distrital do Bloco de Esquerda e fez parte da lista de candidatos às legislativas 2009 pelo círculo eleitoral distrital, encabeçada por Cecília Honório.

José Manuel Estevens é o candidato à Assembleia de Freguesia de Vila Real de Santo António
José Manuel Estevens, 57 anos, bancário reformado, delegado sindical durante vinte e cinco anos, fez parte da comissão de trabalhadores do Banco Português do Atlântico, foi director dos Bombeiros e director da Creche/Jardim Infantil Caracol. É activista ambiental, participa em várias lutas na defesa do Guadiana, do Sapal de VRSA/Castro Marim, na qualidade das praias do concelho e da sustentabilidade da Ria Formosa. Está na hora de termos Proximidade e Participação na Junta de Freguesia de VRSA.


Barbosa Martins é o candidato à Assembleia de Freguesia de Monte Gordo

Barbosa Martins, 67 anos, é barman, foi delegado sindical e fundador da comissão de trabalhadores de hotelaria, foi presidente da direcção e da assembleia-geral do Grupo Desportivo Beira-Mar de Monte Gordo, clube com o qual se sagrou campeão de lutas livres amadoras e promoveu várias modalidades, ginástica de manutenção para mulheres e reformados e desenvolveu o desporto de formação. Agora, Está na Hora: Juntos por Monte Gordo!

Desemprego no Algarve mais que duplica!


Dados de Julho: desemprego não pára de subir
17-Ago-2009
O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) divulgou finalmente o número de inscritos nos centros de emprego no final do mês de Julho. E os registos não são nada animadores: o desemprego aumentou 1,4% em relação ao mês de Junho e 30,1% em relação a Julho de 2008. Há agora 496.683 pessoas inscritas nos centros de emprego. Estes dados , juntamente com os números do INE divulgados há dois dias, contrariam em absoluto a tese de que o desemprego estaria a estabilizar.
Quando o IEFP, há um mês atrás, divulgou os dados de Junho, o governo veio dizer que o desemprego estava a estabilizar. Isto porque de Maio para Junho de 2009 o número de inscritos nos centros de emprego tinha subido apenas 0,14%.

Os dados divulgados hoje pelo IEFP, referentes ao mês de Julho, mostram, pelo contrário, que o número de inscritos nos centros de emprego está longe de estabilizar. Em Maio havia 489.115 inscritos. Em Junho, 489.820. Em Julho 496.683 pessoas inscritas. Ou seja, se de Maio para Junho aumentou em 700 pessoas o número de inscritos nos centros de emprego (os tais 0,14%), já de Junho para Julho este número aumentou em sete mil (1,4%). Se tivermos em conta que tradicionalmente em Julho o desemprego diminui devido ao efeito sazonal (empregos de verão), então os dados são ainda mais preocupantes.

Os dados do IEFP revelam também que "o aumento anual do número de empregados foi comum a ambos os géneros", tendo havido uma maior subida no segmento jovem, com 32 por cento.

Analisando por regiões, constata-se que o aumento do número de inscritos nos centros de emprego face ao período homólogo foi maior na Madeira (50,2%) e no Algarve (100,4%). Ou seja, no Algarve, a taxa de desemprego é o dobro do que era em Julho de 2008. Em relação a Junho, o crescimento do desemprego mais elevado teve lugar a Norte, com mais 2,5% de inscritos.

Os números do Algarve merecem ser analisados com mais atenção, dado que é nesta zona do país que mais se faz sentir o efeito sazonal. Ora, de Maio para Junho de 2009 o desemprego no Algarve diminuiu apenas 5,4%, e de Junho para Julho diminuiu só 2,6%. Uma diminuição muito ligeira quando comparada com anos anteriores. Ou seja, sente-se muito pouco o "efeito sazonal" na mudança dos valores da taxa de desemprego na região algarvia, que historicamente é responsável pela diminuição da taxa de desemprego a nível nacional durante o verão, o que não sucede este ano.

O "curso" de Sócrates

O processo da licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates, na Universidade Independente (UnI) começa a levantar dúvidas em 2005: há documentos por assinar e carimbar, datas confusas, contradições nas notas, professores repetidos. As falhas são pela primeira vez mencionadas no blogue "Do Portugal Profundo" e só passados dois anos emergem nas primeiras páginas dos jornais. Foi o primeiro grande escândalo da democracia lusa a nascer na Internet.

No início de 2007, o reitor da Universidade Independente, Luís Arouca, afasta o vice-reitor, Rui Verde, acusando-o de corrupção e falsificação de documentos. A instituição começa a ser investigada. Por essa altura, os rumores sobre a licenciatura do ex-ministro do Ambiente na blogosfera já são demasiado fortes. António Balbino Caldeira, autor do blogue "Do Portugal Profundo", escreve: "Em Março, um jornalista do Público tem acesso às dezassete folhas do processo na Independente e, no dia 22, publica a investigação. O primeiro-ministro terminou o bacharelato no Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra em 1979. Quinze anos mais tarde, já deputado, inscreve-se no curso do ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa), onde termina dez cadeiras semestrais e deixa 12 por fazer. Em 1995, o reitor da Independente aceita a sua inscrição - sem receber o certificado de habilitações do ISEL (chega depois). Na UnI, conclui cinco disciplinas - entre as quais, o célebre Inglês Técnico -, três leccionadas pelo mesmo professor. As classificações de quatro cadeiras são lançadas num domingo de Agosto."

Os jornais agarram a história e começam a surgir referências a pressões. Ouvidos pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), os responsáveis pelo PÚBLICO, SIC e Rádio Renascença (RR) falam mesmo em ameaças. "Não foi uma ameaça formal, mas houve uma alusão ao tribunal", afirmou o director de informação da RR sobre um telefonema do gabinete do executivo.

Duas semanas depois, Sócrates cede e dá uma entrevista à RTP. Defende-se argumentando que "um aluno não é responsável pelo funcionamento" da sua universidade e que integrava uma turma "especial, de alunos oriundos de outras instituições". Semanas antes, o Público confrontara o seu gabinete com o facto de a Ordem dos Engenheiros não lhe reconhecer o título profissional de "engenheiro civil". Nos dias seguintes, o currículo oficial do primeiro-ministro no portal do Governo é modificado e passa a identificar Sócrates como "licenciado em Engenharia Civil". Em relação a este assunto, o chefe de Governo diz à RTP que não será "nem o primeiro nem o último engenheiro técnico a ser designado de engenheiro, o que - toda a gente sabe - é uma designação social e de cortesia."

No dia 3 de Novembro, o jornal "Expresso" garante que Sócrates se candidatara a uma pós-graduação no ISCTE utilizando um currículo onde incluía a prática de funções de engenharia civil na Câmara da Covilhã entre 1981 e 1987. É nesta altura que os portugueses descobrem as casas forradas a azulejos com projectos de engenharia assinados pelo seu primeiro-ministro.

A Procuradoria-Geral da República abre um inquérito sobre a polémica, mas arquiva-o dias depois. "Da análise conjugada de todos os elementos de prova carreados para os autos resultou não se ter verificado a prática de crime de falsificação de documento autêntico", concluiu. Sobre o processo que Sócrates move contra o autor do blogue "Do Portugal Profundo", as procuradoras consideraram que os escritos de António Balbino se inscrevem "no exercício do direito de crítica".

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pedro Abrunhosa escreve sobre educação e o governo Sócrates



A contínua hostilização aos professores feita por este, e outros governos, vai acabar por levar cada vez mais pais a recorrer ao privado, mais caro e nem sempre tão bem equipado, mas com uma estabilidade garantida ao nível da conflitualidade laboral.

O problema é que esta tendência neo-liberal escamoteada da privatização do bem público, leva a uma abdicação por parte do estado do seu papel moderador entre, precisamente, essa conflitualidade laboral latente, transversal à actividade humana, a desmotivação de uma classe fundamental na construção de princípios e valores, e a formação pura e dura, desafectada de interesses particulares, de gerações articuladas no equilíbrio entre o saber e o ter.

O trabalho dos professores, desde há muito, vem sendo desacreditado pelas sucessivas tutelas, numa incompreensível espiral de má gestão que levará um dia a que os docentes sejam apenas administradores de horários e reprodutores de programas impostos cegamente.

(…)

O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante.

Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino.

Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade.

Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve.
(…)
Pedro Abrunhosa