sábado, 4 de julho de 2009

Manuel Pinho e o Aljustrelense

O envolvimento do ex-ministro com o Aljustrelense começou em Dezembro, no anúncio da reabertura da mina da vila. 'Oferecemos uma camisola ao primeiro-ministro e o ministro perguntou: e eu, esqueceram-se?', lembrou Hélder.

Em Fevereiro deste ano, Pinho assistiu a um encontro entre o Aljustrelense e o Torreense, no Estádio Municipal, e foi premiado com a camisola do clube com o seu nome gravado nas costas. 'Foi-lhe entregue em pleno relvado. Depois prometeu-nos ajuda, mas nunca apoio financeiro', frisou o presidente do clube.

Ontem, o Presidente da República, Cavaco Silva, mostrou-se indignado com o que aconteceu no Parlamento: 'O respeito pelas instituições é um princípio sagrado da democracia', frisou.

Em Aljustrel, o gesto de Pinho foi motivo de chacota e de condenação. Enquanto imitava os ‘chifres’, Jacinto Estebainha disse não compreender tal atitude. 'Uma pessoa com o seu estatuto não pode ter uma atitude daquelas', afirmou. Para o sindicalista Jacinto Anacleto, os ‘chifres’ foram um sinal de desgoverno de quem 'já devia ter-se demitido', por incumprimento de promessas nas Pirites Alentejanas.

LOUÇÃ PEDIU EXPLICAÇÕES

O BE chegou a pensar que o gesto de Pinho era dirigido aos seus deputados, o que levou Francisco Louçã a exigir explicações imediatas ao Governo e, na SIC, a pedir justificações. Depois, em privado, Pinho pediu-lhe desculpa.