No fim da reunião da Mesa Nacional bloquista, Francisco Louçã pediu explicações pelos 450 milhões perdidos pelo Estado que não estão cobertos pelos activos do BPP. O encerramento do BPP, agora decretado pelo Banco de Portugal, deixa um buraco avaliado em mais de 700 milhões de euros. Louçã criticou o arrastar da decisão por 17 meses e lembrou a posição do Bloco desde o início do processo, defendendo o encerramento do banco e a devolução aos clientes do dinheiro dos depósitos, recorrendo ao fundo de garantia bancária que na altura definia o tecto de 100 mil euros por depositante.
Mas Sócrates, Teixeira dos Santos e Victor Constâncio definiram outra estratégia, a de ajudar um banco falido no meio de operações de especulação financeira e irregularidades de todo o tipo, com centenas de clientes a queixarem-se de fraude por parte da administração. O Estado avalizou um empréstimo de alguns bancos ao BPP, no valor de 450 milhões, garantindo ao Parlamento que o valor do aval estava coberto pelos activos do banco, o que se verifica ser falso. Francisco Louçã defendeu agora que os responsáveis por esta operação ruinosa para os cofres públicos devem explicações ao país.
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