quarta-feira, 28 de julho de 2010

Morosidade da justiça é inadmissível



Morosidade da justiça é inadmissível

campanhas 28 Julho, 2010 12:33:22
O coordenador do Bloco de Esquerda defendeu na noite desta terça-feira em Monte Gordo que as investigações aos crimes económicos devem ser rápidas e seguir o rasto do dinheiro, e não demorarem quase uma dezena de anos como aconteceu com os casos Freeport e BCP. Veja a galeria de fotos do comício.
Para Francisco Louçã, os dois casos são paradigmáticos do mau funcionamento e da morosidade da justiça, o que é “inadmissível” em democracia.
“Qualquer investigação no âmbito do crime económico tem que ser rápida e seguir o rasto do dinheiro. Investigar contas bancárias, cheques, levantamentos, depósitos”, afirmou, recordando que os factos do caso do BCP remontam a 2000 e os do Freeport a 2002 e a justiça “não pode perder esse tempo e ter processos judiciais que duram oito ou sete anos até alguém ser acusado”.
“Isto não é justiça, é justiça a menos”, disse o deputado bloquista.
Relativamente ao BCP, o deputado lamentou que os administradores agora acusados pelos crimes de manipulação de mercado e falsificação de documentos tenham recebido indemnizações e reformas avultadas e agora estejam a responder perante a justiça.
Louçã criticou ainda as opções do Governo quando colocou dinheiro no Banco Privado Português e no Banco Português de Negócios, que disse ter atingido “o valor de três pontes sobre o Tejo, sem que nenhuma atravessasse o rio, e dois novos aeroportos, sem que nenhum avião tivesse descolado”.